Um pouco de cada coisa.
Escrevo algumas coisa sobre meus momentos e também sobre tantas outras coisas. Depende do humor, depende do dia. As vezes pode ser somente um desabafo, mais tem muito misturado ali no meio das palavras. Obrigado pela visita, comente se achar necessario. Breno
Wednesday, February 02, 2011
O show tem que continuar.
Cazuza foi feliz ao escrever e cantar “O tempo não pára”, ele naquele momento de sabedoria, mais do que ninguém sabia que o mundo não para você, ele não espera você resolver seus problemas, curar suas magoas, ele não te dá direito de luto, direito de comemoração, ele deixa tudo curto, rápido, não deixando você se aprofundar em nada.
Aquela formatura que você sofreu anos para chegar lá e a festa só dura um dia, aquela promoção que você esperou por tanto tempo e a comemoração foi só uma noite no bar com amigos e um jantar com familiares, aquele titulo que seu time demorou anos para ganhar e você só pode comemorar por algumas horas, por que segunda era dia de trabalho. E principalmente aquele ser que você amou tanto e que no fim não teve tempo de dizer adeus apropriadamente.
Isso lhe deixa sempre quebrado, incompleto, vazio, por que nos tempos modernos para não haver tempo para sentimentalismo, somente para o capitalismo. Um pai, uma mãe, um irmão, seu fiel cão, um amigo, será que nenhum deles merece um tempo de luto? E quanto tempo isso seria? Como se mede a importância de cada um?
Lembranças ficam pelo meio do caminho, e às vezes você se pega sozinho pensando em quem se foi, mais nada pode lhe consolar, somente aquela frase ridícula vem a sua cabeça:
“O show tem que continuar”
Mesmo que para isso passe por cima de vidas, sentimentos, lembranças, hoje em dia a importância disso tudo é cada vez mais diminuída com a filosofia “carpe diem”, no fim eu me pergunto: Onde vamos parar? Se ao menos vamos ter uma vida social ou ficaremos todos os dias na frente de um computador trocando recados pelas redes sociais, enquanto a vida lá fora passa e tudo ao seu redor nasce e morre.
Sem direito a alegrias, sem piedade para com a tristeza. Será esse o nosso futuro?
Por Breno ®
Friday, January 28, 2011
Quadro Geral
Vejam bem, esses são os gastos do governo com bolsa familia até agora:
2004 - R$ 5.533.257.937,91 (5 bilhões e meio de reais)
2005 - R$ 6.873.978.415,00 (6 bi e oitocentos milhões)
2006 - R$ 8.145.378.044,02 (8 bi e cem milhões)
2007 - R$ 9.222.092.911,00 (9 bi e duzentos milhões)
2008 - R$ 11.069.066.952,70 (Onze bilhões e 69 milhões de reais)
2009 - R$ 12.407.256.784,00 (doze bi e 661 milhões de reais)
2010 - 13,11 bilhões
2011 - R$ 13,4 bilhões estão reservados para o Bolsa Família. É um aumento de 2,2% em relação ao orçamento de 2010
Certo agora vejam o que os EUA gastaram com as guerras:
http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/por-tras-das-%E2%80%98guerras-sem-fim%E2%80%99-uma-imponente-industria-belica
Segundo levantamentos os gastos já ultrapassam incriveis 1 trilhão de dolares! Pois é! São doze zeros! $1.000.000.000.000,00 ! ! !
Não to com paciência, nem com inteligencia o suficiente pra calcular isso agora. Mais só de olhar, sei que essa grana da guerra daria pra sustentar o bolsa familia por anos a fio.
Pois é, vale a pena refletir sobre isso.
Friday, July 09, 2010
Voltando a vida "on-line"
Ai vai:
Coração Louco
Hoje em dia não há espaço pro amor, pras loucuras, pra se fazer amar. Tudo que você quer é simplesmente pegar aquilo que você ama e levar junto, bem ao lado e onde seus braços e corpo possam proteger. Mais no mundo atual não há lugar para isso.
Planos e mais planos, jogos de amor e cenas de romance. Tudo parte do contexto atual, onde o romantismo não se encaixa, onde olhar nos olhos é demais para quem precisa de alguém, basta estar ao lado, aquelas três palavras são demais, aquele abraço de boa noite e um beijo carinhoso olhando nos olhos é um exagero.
O mundo fica cada dia mais escuro, a ruas mais desertas, os pensamentos mais escassos. Focando somente é uma só coisa, aquilo que atormenta minhas idéias, que me faz sonhar, que traz ar pro meus pulmões e sangue para minhas veias, sempre aquela imagem de ter você.
Faça o que tenha que fazer, e deixe-me fazer também. Eu sou assim, eu sou exagerado perto de você, eu só consigo ser assim, fazer assim. Loucuras de amor, sonhos juntos, o luar sobre nossas cabeças e as fugas inesperadas.
Venha comigo quando eu chamar, não se preocupe em me perder, não questione meu modo de amar, pra mim só existe você. Nada é tão pouco que não possa crescer, dê mais uma chance para meu coração louco e deixe o tempo acontecer.
Por Breno ®
Thursday, March 06, 2008
Às Arvores
É quando você olha pela janela do ônibus e percebe que os desprendimentos trazem solidão. E quando você repara na liberdade, e em tudo que ela te dá de presente, em toda soltura, todo desprendimento vem incrustado de solidão nas entrelinhas. Por uns instantes sinto medo de me perder nisso, de me esquecer do que tem valor, do que se quer poupar, deixar de cuidar, deixar de plantar, esse chão que às vezes parece mais uma miragem projetada por esse calor ensandecido do fim dos tempos com esse aquecimento global que é tão sem remédio quanto essa sensação de tristeza que a gente tem que encarar em um espelho volta e meia, quando seus olhos inexpressivos começam a diminuir e suas sobrancelhas se contraem, e a superfície de seus olhos castanhos fica levemente aguada, e você passa a reparar nas olheiras, falta bebida, bebida essa que te ajuda a passar a noite efêmera sorrindo, sem nada quando chega em casa e dorme, só resta a secura do dia seguinte, a sede insaciável de liberdade que não dura muito tempo, o equilíbrio é muito complexo.
Você tem de crescer, florescer, dar frutos, não se importam se algumas vezes suas raízes necessitarem de mais água, de mais sol, de mais cuidado, no final a velha frase clichê é quase lei: “Pelo caminho difícil os fracos pereceram e os fortes triunfaram”. Às vezes alguns desses fortes só sobrevivem pôr que existe um fraquinho ali para ele zombar, é fato, um pouco cômico, uma dose de humor negro, mas real. Posso dizer que tempos sob as estrelas podem me curar, posso dizer que tenho forças para levantar-me, para lutar, para continuar, mas isso só seria mais uma mentira costumeira, seria uma negação diante da verdade exposta.
Caminhando e observando dos lados os pontos tão distintos se juntando quando você passa, sua presença é meramente complementativa, mas no fundo não vai dar um ponto final no mundo quando não estiver ali. A adaptação é constante, e os novos rumos também, as vezes não rego o que deveria regar, não sei porque, o medo de que aquelas raízes te abandonem ou apodreçam e você se sinta mais um estranho acenando sem nenhuma palavra a dizer, descubro então a respiração, que tanto diz, um suspiro, além de todo o vão do olhar que me reflete, se ver através dos olhos alheios é a maior fantasia e por vezes a maior felicidade, indispensável, o medo é do tempo que não deixa de passar, tempo esse que traz fins e distância, e que eu tenho que deixar o negativismo pra saber que trás mudanças também, melhoras, quando você vai aprendendo a lidar com a vida, e com pessoas, quando você valoriza todas elas.
É bom sentir hoje cabeças de anos atrás em meu ombro, por mais que as perspectivas tenham mudado o carinho continua ali, as raízes te envolvem, é confortável se perceber acompanhado, perceber que você é capaz de acender sua própria luz e iluminar sua expressão, iluminar seu medo, se libertar completamente dele, se ver dentro de seus olhos como combustível. Assistir a felicidade ou aproveitamento com tristeza por quê? Tudo que foi bom não vai ser apagado jamais, as vezes dói, o vazio eu já não rego, porque existe terra demais cultivada por ai, desculpe.
Por Cadu Tenorio e Breno Araujo
Sunday, September 02, 2007
Vortex
Pertinente, quase que vive comigo, aquele zumbido no ouvido, uma e outra vez, se repete, e se repete, como uma gota caindo em um balde vazio, ressonando alto impedindo meu sono. As vezes por isso desejo ser uma barata, mas logo logo mudo de ideia porque parece assustador ter apenas três segundos de memória, renascer e mudar de objetivo a cada três segundos, mas assim eu poderia esquecer de muita coisa, ter diversas e diversas chances de 3 segundos onde eu conseguindo ou não, não iria importar. Mas mudo de ideia porque não existiria nada pra guardar, seria um vacuo, você não existiria nem pra me excitar durante os momentos em que tento me sentir menos só com minhas mãos.
Então, por quê? O que é? Escorrega entre meus dedos quase que sem eu ver. Perco um por do sol, perco uma lua cheia, perco pequenos momentos. O álcool vai se tornando medicamento prescrito para anestesiar o viver, o lutar, o se esforçar... Enfim, a vida no meio desse capitalismo. A vida é bela, um ótimo filme, inspirador, ver que o mundo pode ser moldado na cabeça de alguém menos experiente, ver que aqueles sorrisos são os mais sinceros, ainda está virgem, virgem de tristeza, virgem de morte, virgem de decepção, ainda não teve rachaduras no coração nem quebrou o nariz, o sangue ainda não escorreu, os anticorpos e as defesas ainda não são consistentes, a gripe ainda pode deixá-lo faltar aula. Pena que esses tempos em que eu ganhava dinheiro fácil, passaram. A realidade é quem vigora e pesa agora. Pensa como nunca, como pesos, e dólares, e os mimos que me deram me deixam estagnado, minha consciência funciona, mas não age, meu corpo tem preguiça, preciso agir, preciso agir, o tempo está passando, o mendigo me assusta, tenho pena dele, não sei da sua vida, e tenho medo de perguntar, odeio admitir. Quero crescer ou não? Já nem sei, sei que devo, só não sei querer ainda, mas quero querer, o querer querer é presente em minha vida, ele pode ser simplificado como qualquer outra fração, eu quero, preciso agir, o medo não me deixa nem lhe dar "Oi", o medo das escolhas que não se separam do denominador: renuncia.
Por Breno Araújo e Cadu Tenório
Thursday, August 16, 2007
Repete Chão (E agora quem poderá me defender?)
E parece que está tudo quieto, mas na verdade não, como o ceratocone, esse barulho de vida nunca vai parar, só quando o nunca, de fato, se concretizar, findar o som e o ar, e mesmo assim nunca se saberá, nunca. Vivo a reclamar de nada, porque nem tenho do que reclamar, só faço mesmo pra adiar o movimento, adio tudo, tenho medo porque não se pode voltar, fico no meio do rio sem escolher lado nenhum esperando a correnteza me levar pra onde cai a cachoeira, mas o problema é que me encontro em uma banheira, me escondendo do mundo, digitando, escrevendo desenhando e tentando transformar insatisfação em qualquer espécie de manifestação artística do acaso. Manifestações que capturem meu momento, meu fantasma, e muitas vezes meus tormentos, por que às vezes isso me afaga, isso massageia meu ego ou impede que eu me entristeça mais quando as coisas que planejo ou que simplesmente “deixo rolar”, não acontecem com a pontualidade esperada. Enquanto isso ouço somente o som do teclado, digitando meus anseios, minha lágrimas, minhas perdas, meu medos comuns e incomuns, minhas particularidades sobre esse ou aquele assunto, e as vezes um personagem que tento criar pra me sentir mais humano.
Minha mente divaga consigo própria como sempre faz, remoendo coisas, pensando em somas de problemas e mais problemas psicossomáticos, psicológicos e psiquiátricos tentando achar sempre algo pra me distrair e fugir do meu foco, mas isso é viver, acho que isso é viver, hoje me senti são e salvo, me senti normal, mesmo remoendo tudo repetidas vezes e tendo medo - sim, tenho medo, o que não é nenhuma novidade. Tenho raiva também, sei que passa, mas quero apertar "stop" nela a hora que eu quiser, na verdade eu poderia clicar nela e apertar "delete", mas ai não seria mais eu, talvez essa megalomania grande que vem com essa vontade de fazer o impossível seja reflexo de contar demais que sou a imagem e semelhança de meu Pai, pelo menos eu posso dizer que um Pai me dá auxilio mesmo que sem palavras, mas espere - meu pai faz o mesmo, mas não o culpo, somos ambos inocentes, marinheiros de primeira viagem - Talvez isso seja bom, deve fazer com que eu cresça mais rápido, mas enquanto não - Me deixe fingir que ainda não cresci por mais alguns minutos - que essa minha necessidade de ser infantil até o fim continue instigando e originando vários e vários textos, músicas e desenhos repetitivos, me sinto um pecador, não quero blasfemar nem nada, peço perdão, perdão, perdão por tudo, eu tenho mais é que ME perdoar mesmo. O silêncio conseguiu escrever esse apanhado de palavras, ela, elas, todos, as mãos que me amassaram/amassam, desamassam, deixam marcas, assuam o nariz e fazem outras coisas mais, que me moldam, que me molham, que me deixam acidentalmente cair no chão, eu choro feito um recém nascido esperando que dêem palmadas no meu bumbum, mas tudo que encontro e vejo olhando pra cima é o chão, é hora de me segurar, com minhas próprias mãos.
Insidiosamente tudo acontece, brisa leve, vento forte, nevoa densa, chuva cortante, no final nada se encaixa, somente eu me encaixo nela e ele em mim, mas mesmo assim as vezes preciso testar minha liberdade, testar como sou sem ela, testar como sou eu.
Por Cadu Tenório e Breno Araújo
Tuesday, July 31, 2007
Doces sonhos.
Por Cadu e Breno